#007- O futuro é dos Criativos

O futuro é seu, criativo!

Eu tinha postado sem querer esse texto com um monte de rascunhos, mas agora ajustei tudo em 30 minutos. KKK

Essencia de Criadores

O ser humano, em sua essência, é movido por um impulso inato de aprender e evoluir. Aprender é explorar território, transformar desconhecido em conhecido.

A exploração e a criação movem o homem de tal forma que isso o fascina e o acalma ao mesmo tempo. A criatividade nos anima, inspira, e aprendizagem de algo nos conforta, nos dá segurança e nos acalma. Quem sobe num palco sem saber o que está fazendo, estará com medo, inseguro. Quem está em frente a algo que já conhece e que já cansou de ver estará entediado e sem vida.

O ser humano é um criador. Mas a imensa maioria de nós aprende muito mais do que cria. Quando digo aprende, quero dizer observa, entende, absorve e armazena. Quando digo criar, digo observa, entende, absorve e armazena e devolve contendo algo a mais.

Se nada o impedir, ele buscará incessantemente expandir sua consciência e adquirir novos conhecimentos, e dominará cada vez mais o ambiente, o transformando nesse processo.

Já o criativo, se nada o impedir, ele aprenderá tudo que há, negará seu interesse ao velho e fará com tudo que aprendeu a base para algo novo.

O que difere o aprendedor do criativo não é o grau de exploração, mas sim a sua natureza. A exploração com lanterna pode ser com lantena grande, pequena, luz forte ou luz fraca. Mas a exploração no escuro é de outra natureza. É mais arriscada. É mais ousada. É mais ingênua também…

O risco é maior. O ganho também.

Pressuposto 2 - Existem atritos

Se não houver barreiras para o aprendizado, as pessoas vão aprender (diga-se explorar) mais e mais rápido, absorvendo cada informação que possa contribuir para sua expansão sobre a realidade. Isso as deixará cada vez mais calmas e confiantes diante de realidades cada vez mais complexas. O que difere um menino de um homem é seu quintal explorado. O menino brinca sem medo, pois não sabe o quão perioso é o quintal, e quando se machuca, chora em desespero. Por outro lado, o homem senta e observa tudo, sabendo exatamente onde pode pisar.

Reforço

Pavlor e Skinner contribuiram para que hoje possamos entender que tudo que reforça um comportamento aumenta sua probabildiade de ocorrência, e isto tem que ver com a recompensa que essa exploracÃo causa no sistema biológico ou psicológico.

Terceiro pressuposto - Os Atritos Podem ser Eliminados

Nosso terceiro pressuposto é que os atritos – aquelas barreiras que separam o desconhecido do conhecido – podem ser eliminados. Essa redução de atrito é a chave para a geração de hábitos, para o controle de comportamentos e para o controle social.

Imagine o atrito como a distância entre a imaginação de recompensa e a recompensa recebida. Interessante que, mesmo sabendo que a cada exploração o pior (a morte) sempre pode acntecer, o organismo se lança mesmo assim na aventura por conta do interesse ou da curiosidade.

Por que afinal queremos aprender?

Se sempre que sabemos mais, temos mais problemas? Cada vez que eu cresco mais, que fico mais competente, mais complexos ficam os meus problemas. Hoje em dia, se eu fizer algo bem errado, várias famílias ficam sem comida. Por que eu insisto em querer explorar mais e mais territórios? Por que eu faria algo que me prejudica tanto?

Aprendo para saber. E de que serve meu saber? Eu questiono ele, e ele quase nunca resiste a meu questionamento…De que vale o artigo que o cientista produziu, se depois vem outro que o refuta. E o outro seguinte que refutará o refutador, e assim nunca cessa, nunca se para em lugar nenhum. Mas certamente que esse movimento tem causa, tem finalidade, tem motivo. Não seria um movimento absurdo.

Ou seria?

Aprendi a falar. Falo. Não me entendem. Aprendi a andar. Ando. Gasto energia. Como. Ando mais. Gasto mais. Para que tudo no final? Para aprender, ué… Aprender para quê?

Talvez a jornada seja: aprender para conseguir um dia explicar a necessidade de aprender. Pronto, chega. Vamos embora desse parágrafo, que quero trazer outra ideia.

Falava sobre a redução de atrito:

A internet exemplifica essa redução de atrito. O conhecimento de um grande mentor pode estar a um clique de distância.

Com a internet, o atrito na passagem de informaçõs praticamente desapareceu. Só não despareceu por completo por que ainda temos um corpo e emoções. A mulher que sabe como resolver o relacionamento patológico não compartilha seu conhecimento no instagram por que tem medo de ser julgada, ou medo de falar algo errado.

Compartilhar níveis de consciência é o que efetivamente transforma comportamentos e eleva a humanidade a um nível acima, tanto em termos de mentalidade quanto de comportamento.

Quanto menor o atrito, mais disruptiva se torna a tecnologia que gera redução.

O impacto de tecnologias como Youtube, Iphone, Internet, Computador está no comportamento humano. Por que o poder está em uma única coisa: controle do comportamento das pessoas.

Mas e objetos? Claro que controlar objetos dá poder. Mas quem controla as pessoas dará um jeito de destruir quem controla os objetos. Numa guerra contra a SKYNET, por exemplo, eu preferia estar do lado do ser humano.

Mesmo que a máquina seja brilhante, ela não é criativa, e nunca será, e nada pode ganhar da criativdade, pois ela é semelhante à vida: rara, forte, imponente, e impiedosa. Ela mata tudo que não serve.

Você percebe: Elon Musk e Zuckemberg não estão na corrida da IA. Eles estão na corrida para ver quem vai conseguir aproveitar melhor o verdadeiro ativo mais precioso e raro da humanidade: as pessoas criativas.

O Problema do Atrito

Em tempos analógicos, o conhecimento era um bem oral e localizado, dependente da conexão pessoal. Para aprender, era necessário estar próximo de alguém que já detivesse a informação desejada, ou era necessário você mesmo errar e chegar no acerto.

Em seguida, veio a era da centralização – os mitos, os livros e as instituições tornaram-se os guardiões do conhecimento e da sabedoria, mantendo o conhecimento em lugares específicos dando acesso a uma elite restrita.

Hoje o conhecimento está descentralizado. No entanto, essa abundância traz um paradoxo: quanto mais informação se produz, menos valor parece ter cada pedaço de conhecimento isoladamente, pois nós não fomos feitos para lidar com tanta coisa ao mesmo tempo.

Nossa capacidade de VALORAR é pequena, e o VALOR que existe em POTENCIAL é MUITO, apesar de que o REAL valor é pouco.

Dito de outra forma:

Quase nada, vale quase tudo, e quase tudo vale quase nada. 

5% das músicas dos maiores compositores clássicos são as que são ouvidas 90% do tempo.

De todos os compositores eruditos, 2% são os que são ouvidos em 90% das vezes, e nessas vezes, 5% das músicas deles são as escolhidas.

Quase nada vale quase tudo, e quase tudo vale quase nada.

Parte 2 - Entropia de conteúdo

É nesse cenário pós-centralização que a inteligência artificial surge, reduzindo os custos da produção intelectual e operacional, analisando e calculando enormes volumes de dados e identificando padrões que, de outra forma, passariam despercebidos.

Este texto mesmo veio de uma transcrição feita com IA, e depois passou por uma reescrita manual. Demoraria pelo menos 4 horas a mais para escrever isso tudo sem IA. Iria ter que ouvir um áudio de 30 minutos onde eu expliquei isso a um mentorado meu, escrever tudo, revisar, etc…

Chega de vender conhecimento, ele não vale mais tanto assim

Vender transformação, e não simplesmente conhecimento, tornará-se a verdadeira moeda de valor. Oferecer sabedoria de forma acessível, mesmo gratuita, será o diferencial de quem sabe transformar dados brutos em insights profundos.

A transformação ocorre quando as ferramentas, os sistemas e os processos se unem para converter informação em algo significativo, gerando sabedoria, e gerando mudanças reais e concretas.

Os Saltos de consciência

Estamos diante de três saltos na consciência humana: primeiro, a informação; depois, o conhecimento; e, por fim, a sabedoria, que é o ápice da transformação.

A transição de informação para conhecimento ocorre quando organizamos os dados em sistemas coerentes. E o salto final, para a sabedoria, exige discernimento – saber quando e por que usar esse conhecimento.

A nova era da informação exigirá não apenas a acumúmo de informações, mas a capacidade de criar e inovar.

A criatividade será o diferencial para evitar a “entropia cognitiva”, onde um excesso de dados, sem refinamento, se transforma em ruído.

Com o aumento vertiginoso de informações, a necessidade de trabalho humano direto para produzir conhecimento diminui. A velocidade da produção de dados supera a capacidade humana de filtrar o que é realmente relevante, ocorrendo uma entropia de incormação, assim como acontece com o calor.

Sem a intervenção de mentes criativas, enfrentaremos uma era de “entropia cognitiva” – um acúmulo desordenado de dados que não gera progresso real.

Imagine tirar uma fotografia de uma cadeira – a imagem pode ser bonita na primeira captura…

Mas, se você tirar prints sucessivos, a qualidade se degrada progressivamente. Essa é a analogia perfeita para a replicação excessiva de informações, que, sem originalidade, perde a qualidade.

O grande problema com a inteligência artificial reside justamente na sua tendência a replicar o que já existe, sem criar algo novo ou original. Esse ciclo de repetição pode levar à deterioração da qualidade do conteúdo gerado a partir da IA.

Assim como a música evoluiu do clássico ao funk, a IA acelerará a replicação de conteúdos, gerando uma “pixelização” da informação – um fenômeno similar ao jogo do telefone sem fio.

A urgência, portanto, é a criação de conteúdo original.

Hoje, as redes sociais são formas importantes dessa produção, pelo menos dno que diz respeito ao conteúdo que acab MOLDADO COMPORTAMENTOS EM MASSA.

As plataformas, que te dão o conteúdo com base em um algoritmo, elevam o nível de consciência apenas daqueles que já possuem um gosto refinado e uma compreensão profunda do impacto de se consumir “lixo informacional.”

Para a maioria, que ainda não desenvolveu essa sensibilidade, a distribuição de conteúdo se torna repetição de ideias superficiais, pois o algoritmo nunca vai conseguir substituir a mediação humana, a boa curadoria, digamos assim.

O que você pesquisa no YouTube difere radicalmente do que um jovem típico de 17 anos, de uma comunidade marginalizada, pode buscar – embora ambos tenham acesso ao mesmo conteúdo. Não que esse menino não possa ter um filho bom, mas é que seu meio o implete, de certa forma, excerce um atrito gigantesco entre ele e a erudição.

Por exemplo, eu tenho acesso a dois professores: Sam Vaknin, uma autoridade em narcisismo, e Jordan Peterson, o maior especialista em personalidade.

Enquanto Jordan Peterson possui 300 aulas disponíveis e Vaknin mantém um vasto acervo, o jovem consome esse conteúdo de forma enviesada, mediada por um algoritmo desprovido de crítica humana.

Em suma, para extrair o máximo do conteúdo disponível, é necessário ter um gosto refinado – uma capacidade crítica e seletiva que poucos possuem.

O YouTube: Originalmente idealizado como um “Tinder” para vídeos, onde você conheceria a pessoa antes de se aprofundar, o YouTube evoluiu para uma plataforma que valoriza a métrica das visualizações acima de tudo.

Ele pivotou para se tornar um espaço de compartilhamento de vídeos, adicionando funções como comentários e curtidas, mas sempre com o foco em números.

O YouTube valoriza o status social medido por visualizações e autoridade, sem priorizar necessariamente a qualidade ou a veracidade do conteúdo. Dessa forma, a plataforma não promove o crescimento da sabedoria, mas sim a descentralização e a disseminação de informações de forma automática, e o que dita o que aparece no destaque é o algoritmo - que mostra o que a maioria quer ver.

Instagram: Segue a mesma lógica, com foco em métricas e velocidade, priorizando a estética e a dispersão de dados em detrimento do aprofundamento.

Spotify: Em contraste, o Spotify valoriza a essência do conteúdo, mas não tem a mesma capacidade de viralização.

Uma pessoa inteligente, sem uma grande rede social, pode demorar um ano para monetizar no YouTube ou Instagram, mas no Spotify, por exemplo, o conteúdo é valorizado por si só, sem que se olhe para métricas - número de inscritos, likes, comentários e seguidores.

A Hotmart: Antigamente focada em produtos e sistemas de afiliados, hoje prioriza os negócios. Se você tem um negócio excepcional, você se dará bem lá – mas muitos indivíduos com grande conhecimento não conseguem monetizá-lo adequadamente por falta de um intermediário que traduza esse saber em valor. Esse entremediário é um negócio todo, com marketing, comercial, conteúdo, infraestrutura, gestão, etc. Muitos experts não conseguem, por isso, monetizar seu conhecimento.

Essa limitação faz com que poucas pessoas sejam verdadeiramente transformadas pelo conhecimento de indivíduos muito profunodos e muito criativos que não sabem tocar um negócio.

Para alguns, é fácil produzir algo; para outros, é quase impossível.

Como humanidade, devemos trocar habilidades intensamente – um verdadeiro “capitalismo de habilidades”. Quanto mais uma tecnologia facilita essa troca, maior seu impacto no avanço humano. Quanto mais fácil eu poder usar a sua habilidade e você a minha, maior o nosso progresso juntos.

Contudo, nenhuma grande big tech parece investir realmente no potencial humano. As plataformas atuais apenas dizem “compartilhe seu vídeo” ou “compartilhe sua foto”, sem oferecer suporte para o desenvolvimento do talento.

A Netflix, que se destaca na produção de conteúdo, gasta metade de sua receita para remunerar os criadores, sem descentralizar a geração de sabedoria. Veja: se no Youtube você precisa char atenção, e na hotmart você precisa ter um negócio completo, na netflix, caso você queira mostrar seu conhecimento, você precisará 1 - ter uma produtora de cinema, ou 2 - fazer um contrato com uma.

Recentemente, o YouTube tentou lançar um serviço pago, mas a essência da plataforma é oferecer vídeos gratuitos, assim como o Spotify se destaca por permitir o acesso sem custo visual. Resultado: as pessoas sempre vão voltar ao Youtube para ver algo de graça e vão até o spotify para ouvir algo.

A Solução Criativa

A resposta para esse dilema reside na criação de um novo modelo: um compartilhamento de conteúdo que valorize a qualidade e fomente parcerias reais com os criadores.

Imagine um sistema de coprodução em massa, onde uma plataforma robusta e inovadora entregua conteúdo de altíssima qualidade, independentemente das métricas superficiais, e ainda busca e apoia potenciais creators.

Com a ascensão da inteligência artificial, o problema da Netflix se agrava: indivíduos como eu no passado terão maiores chances de competir com grandes produções, justamente porque a produção original na Netflix é cara, demorada e excessivamente planejada.

A dependência de produções cinematográficas originais cria uma barreira para a agilidade e a inovação.

A plataforma perfeita

Imagine um espaço onde se compartilham vídeos educativos com foco absoluto na qualidade – um ambiente onde o algoritmo entrega o conteúdo para aqueles que realmente desejam se transformar, e não apenas para uma minoria.

Seria um lugar onde o valor do conteúdo é medido pela excelência e não pelas métricas de visualização.

Nada poderia desviar o foco do que realmente importa: a geração de sabedoria e a transformação do conhecimento em poder pessoal.

Essa proposta é ambiciosa, quase utópica, e reconhecidamente difícil de implementar. Contudo, é o único caminho para uma verdadeira evolução.

O que o YouTube faz atualmente é simplesmente oferecer espaço, mesmo para quem não domina a arte de produzir conteúdo de qualidade – uma prática que muitas vezes prejudica os mais capacitados.

As plataformas disseminam informação, mas não impulsionam o avanço humano.

Os melhores talentos ficam presos em um ciclo de frustração, incapazes de operacionalizar ou comercializar suas ideias.

De cada 100 pessoas que entram no mercado da educação, apenas cerca de 10 conseguem atingir o topo – os outros 90 fracassam por falta de estrutura ou de vontade.

Essa realidade reflete a dificuldade de transformar criatividade em um negócio sustentável.

Por exemplo, sou extremamente criativo, mas não tenho a habilidade de operacionalizar todas as minhas ideias. Se eu fosse contratado apenas para estudar, pensar e escrever, tenho certeza de que poderia desenvolver soluções para problemas graves, mas a falta de uma estrutura adequada impede o uso de todo meu potencial.

Imagine se uma empresa estilo Hotmart funcionasse como não só como um gateway de pagamento, mas também atuasse identificando e nutrindo grandes talentos. Em dois anos, ela poderia ter 30 experts faturando juntos bilhões, tornando-se sócios da plataforma, mesmo que tenham começado sem audiência ou produto – apenas com conhecimento e potencial transformador.

Reply

or to participate.